domingo, agosto 20, 2006

GRUPO DE JOVENS EM TAIZÉ


No passado dia 28 de Julho, pelas 19 horas, o nosso grupo de jovens partiu rumo a Taizé. Integrávamos uma grande comitiva de muitas dezenas de "peregrinos" provenientes de diversas localidades algarvias. A iniciativa partiu de Aljezur, mais propriamente do João Cabral , da Ana Luísa e Teresa. Em Tavira , a mesma foi dinamizada pelo Eurico, Francisca e Jorge , tendo contado com a participação e colaboração entusiasta de outros adultos como a Isabela, responsável-presidente da catequese de Tavira , seu marido e filhos,a esposa do Eurico, filhos e sobrinhos, a Maria João, a Luísa ,a Conceição, o "Vítor dos escutas" , esposa e filhos e o nosso grupo de jovens. Passámos duas noites no autocarro, o que considero uma preparação para o que nos esperava em Taizé. Chegados ao nosso destino, fomos alojados em sítios diferentes onde iríamos vivenciar toda a rica experiência a ser proporcionada por esta jornada.
O que aqui escrevo reflecte a minha opinião sobre esta pequena localidade francesa da Borgonha , com toda a natural subjectividade que as opiniões implicam. Comecei por "rejeitar" Taizé à chegada pelo facto de me encontrar mergulhado no meio de uma autêntica mole humana. Uma multidão multicultural e agitada levou-me a pensar que a organização seria caótica. Posteriormente apercebi-me de que a mesma era extraordinária. Essa organização era fruto do trabalho de grupos de voluntários.
A partir desses primeiros momentos e , em especial do jantar e da oração comunitária, consciencializei-me do grande objectivo de Taizé : levar-nos a despojar-nos de tudo o que é supérfluo , a fim de melhor vivermos a sua espiritualidade. Sim, sem dúvida que a "colher" de todas as refeições era um grande símbolo de humildade; os pratos e tijelas de plástico apontavam para uma vida singela em comunidade , onde as referências eram as palavras e actos de Jesus; o trabalho de voluntariado e partilha esvaziavam-nos de todas as vaidades, orgulhos e egoísmo;as orações comunitárias elevavam-nos através dos cânticos e momentos de silêncio; a presença discreta dos sacerdotes no meio de nós, dormindo nas nossas camaratas, partilhando connosco as reflexões em grupo era um símbolo de que eles existem para servir e não para serem servidos. No meio de colinas e vales, Taizé, está ali para nos dizer que devemos desmontar a falsa ideia de que somos " detentores do saber acabado e verdade única" nas nossas paróquias.
Termino dizendo " obrigado, irmão Roger pelo belo legado que nos deixaste, pela tua vida de sincera entrega aos mais humildes, pela tua preocupação em unir os Cristãos desavindos e divididos em tantas capelinhas"

Jorge Sousa - animador do grupo de jovens " S. Francisco de Assis" da comunidade paroquial de Tavira.


http://grupojovenstavira.blogspot.com